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Incontinência urinária

Incontinência urinária é conceituada como perda de urina, associada ou não aos esforços físicos, que leva a transtornos físicos, sociais e emocionais para as pacientes. Para o diagnóstico adequado da causa da incontinência urinária a paciente deverá ser submetida a uma história clínica e exame físico detalhado. Além disto, análise da musculatura do assoalho pélvico, exames de urina e do funcionamento da micção são necessários, em alguns casos, para o correto entendimento da doença. Existem várias propostas para o tratamento da Incontinência Urinária. Cada paciente deverá ser avaliada a fim de que se determine a medida terapêutica mais adequada, a qual poderá ser um tratamento com medicamento oral, fisioterapia ou cirúrgico.

Atualmente, as cirurgias para a incontinência urinária são minimamente invasivas, com baixos índices de complicações e um tempo cirúrgico curto.

Infecção urinária

Infecção urinária é uma infecção que atinge o sistema urinário sendo, freqüentemente, a bexiga o órgão mais envolvido. Cerca de 30% das pacientes de 25 e 50 anos e com vida sexual ativa, terão ao menos um episódio de infecção urinária durante a sua vida.

Entre os homens, a chance de ter infecção urinária aumenta significativamente após os 60 anos, quando as doenças da próstata aumentam e causam obstrução do fluxo urinário o que poderá levar a retenção de urina e proliferação de bactérias. O paciente que apresenta infecção urinária terá sintomas de dor na região supra-púbica, dor durante a micção, necessidade de ir ao banheiro várias vezes ao dia e urgência miccional. O diagnóstico correto é realizado através do exame de urina e o tratamento baseado em medicamentos específicos. Em casos de infecção urinária de repetição é fundamental que o paciente adote hábitos importantes como uma ingerir de 2 l de líquido por dia e esvaziar a bexiga a cada 2-3 h para que a urina não fique acumulada por muito tempo, causando uma proliferação bacteriana mais pronunciada.

Síndrome da Bexiga Hiperativa

O paciente portador da Síndrome da Bexiga Hiperativa apresentará uma vontade urgente e desconfortável para urinar, associado ou não a perda de urina em quantidades variadas. Poderá apresentar necessidade de ir ao banheiro muitas vezes durante o dia e também levantar à noite para urinar. A causa exata da Bexiga Hiperativa não foi totalmente esclarecida. Alguns pacientes apresentam uma doença neurológica que poderá estar causando os sintomas, outros apresentam doença da próstata ou ainda apresentam somente os sintomas, sem associação com nenhuma alteração anatômica ou estrutural da bexiga. O diagnóstico correto dependerá da história e exame físico detalhado do paciente e, se necessário, de exames complementares como o estudo urodinâmico. O tratamento poderá envolver o uso de medicamentos, fisioterapia, injeção intravesical de toxina botulínica ou neuromoduladores implantáveis, de acordo com cada paciente.

Cistite Intersticial

Ou Síndrome da Bexiga Dolorosa é uma doença inflamatória da bexiga de causas ainda não completamente conhecidas. As pessoas acometidas percebem que os sintomas têm origem na bexiga e geralmente se apresentam como uma sensação desagradável de dor, pressão ou desconforto. Geralmente essas alterações persistem por um período maior de 6 semanas. Os sintomas podem piorar com o enchimento da bexiga. Os pacientes freqüentemente urinam para obter um alívio dos sintomas, mas a dor por ocorrer durante ou após a micção. Não há um exame específico que permita diagnosticar a Cistite Intersticial.

O diagnóstico da doença é muitas vezes difícil. É comum que transcorram vários anos e muitos médicos sejam consultados antes que se tenha o diagnóstico definitivo. Geralmente a avaliação cuidadosa dos sintomas e o exame médico são suficientes para considerarmos esse diagnóstico. Alguns estudos sugerem que mais de 90% conseguem identificar algum tipo de alimento, bebidas ou suplementos alimentares que provocam piora dos sintomas.

O tratamento consiste em cuidados alimentares, medidas comportamentais orientadas pelo médico e medicamentos via oral e intravesical. Além destes, a eletroterapia e acupuntura podem ser empregadas com sucesso.

Cálcuro urinário

É a formação de cálculos no sistema urinário por um processo biológico mais recorrente no adulto jovem. Mudanças nos regimes alimentares - mais ricos em proteínas, sal e hidratos de carbono - aumentam a formação de cálculos. Muitas vezes, a pessoa não percebe que tem cálculo renal porque a pedra é tão pequena que é expelida naturalmente. Alguns sinais podem indicar a presença de um cálculo na via urinária: diminuição súbita na quantidade expelida de líquido, coloração e odor alterados, vontade freqüente de urinar, desconforto, ardor, dores na região lombar ou nas costas. Entretanto uma parcela importante de pacientes são portadores da doença e não apresentam sintomas. Nestes casos o diagnóstico será feito através de exames de imagem de rotina.

Para o tratamento há necessidade de individualização do paciente onde será levado em contato tamanho do cálculo, sintomas gerados, idade do paciente, entre outros. Podendo a terapia variar entre medidas expectantes, litotripsia extracorpórea ou tratamento cirúrgico.

Infertilidade masculina

Estatísticas mundiais a respeito da infertilidade mostram que mais ou menos 15% dos casais que desejam engravidar apresentam algum tipo de infertilidade. Uma causa freqüente de infertilidade masculina é a varicocele (dilatação dos vasos ao longo do cordão espermático). A varicocele está presente em 15% da população geral (adultos e adolescentes) e em 35% dos homens com infertilidade, porem há muita controvérsia sobre sua real ação na infertilidade. As infecções também podem comprometer a qualidade do sêmen por aumentar a quantidade células de defesa e, por conseqüência, os radicais livres bastante tóxicos aos gametas masculinos. Além disto, existem os distúrbios hormonais que interferem na produção dos espermatozóides. Estas causas citadas acima são passiveis de tratamento e podem trazer a fertilidade masculina para os níveis idéias. Entretanto existem causas de difícil detecção ou que trazem um componente genético de difícil resolução na prática clínica. Para estes casos poderá ser necessário a inseminação artificial ou fertilização in vitro para obtenção da gravidez. Diagnóstico bem feito é fundamental para a escolha do método mais indicado para superar essa dificuldade

Doenças da prostata

As doenças da próstata estão entre as patologias mais freqüentes no sexo masculino, principalmente nos homens com mais de 50 anos. As três principais doenças da próstata: câncer da próstata, hiperplasia benigna e prostatite causam sintomas semelhantes, que são decorrentes das suas características anatômicas. Os sintomas mais comuns das doenças que envolvem a próstata são jato urinário fraco, dificuldade para iniciar a micção, idas freqüentes ao toalete no período diurno e noturno e eventualmente sangue na urina. Entretanto, o câncer de próstata pode crescer de forma silenciosa, não apresentado qualquer sintoma até que a doença esteja avançada. A prostatite tende a ocorrer em pacientes mais jovens e poderá cursar com febre e dor no períneo. Todo paciente com sintomas sugestivos de alterações da próstata deverá ser avaliado por um urologista. Exames clínico, laboratorais e de imagem irão permitir o diagnóstico correto.

Lembrando que todo homem deverá consultar o urologista para o rastreamento de câncer de próstata e acompanhamento do processo de envelhecimento.